Para o produtor Armando Gasparetto, que já reformou 100% da propriedade por meio da integração, a prática é solução para a pecuária
Localizada na região de Altonia-PR, a Fazenda Califórnia é mais uma propriedade que progride de forma significativa com a implantação da Prática de Integração Lavoura-Pecuária (ILP).
Para o coordenador de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) da Cocamar, Renato Watanabe, a maior vantagem dessa prática é a possibilidade de reforma das pastagens custeada pela soja.
“Essa operação, ao contrario da reforma tradicional, não revolve o solo, mas mantém cobertura durante todo o processo. Isso diminui muito a chance de ocorrer erosão na área. Desta forma, além de potencializar a produção pecuária existe uma valorização da propriedade”, explica Renato.
Procurado pelo técnico agrícola Eleandro Zanolli, que lá em 2008 começava um projeto particular com objetivo de testar a prática de ILP, o cooperado da Cocamar, Armando Gasparetto aceitou a proposta de mudanças na forma da produção rural, com perspectivas de melhoras. Desde aquele momento, tem tido grande progresso, tanto na produção agrícola quanto na pecuária.
“Foi a primeira propriedade que procurei. Esse cooperado é muito aberto para opiniões e quando mostrei a ele como era o projeto, tive aceitação imediata”, conta Zanolli, técnico agrícola responsável pela propriedade.
O cooperado conta que, depois de muitas conversas, decidiu arriscar e colocar em prática a integração. “Antes eu lidava só com a pecuária, mas o pasto não aguentava muitos animais. Ele [técnico responsável] me convenceu e eu decidi começar.”
Apesar do receio de início, Armando Gasparetto elogia os resultados da prática de ILP e não enxerga um futuro sem a integração lavoura-pecuária.
“Antigamente, quando falavam de reformar o pasto, já ficava preocupado. Hoje, acredito que sem a integração é impossível trabalhar. Essa prática foi a solução pra mim, indico e aconselho a todos que conheço”, declara o pecuarista.
O técnico responsável, Eleandro Zanolli explica que no primeiro ano de teste as melhoras começaram a aparecer, mas não tão intensas como agora. Para que os resultados chegassem aos índices atuais, foram necessárias algumas mudanças.
“Começamos plantando soja no verão e milho no inverno, os dois juntamente com a cultura de braquiária. Não tivemos muito sucesso no começo, devido ao clima e a altitude”, explica Zanolli.
Depois desse um ano de teste, o cultivo continuou apenas com a soja, capim e a criação de gado. O principal objetivo da mudança era o ganho de peso dos animais, resultando no maior número de abates ao ano. “Antes, os animais ganhavam peso no verão e perdiam no inverno. O produtor passava até dois anos sem realizar o abate”, conta o técnico agrícola.
A prática de Integração Lavoura-Pecuária (ILP) possibilita a melhora do solo e do pasto, resultando no ganho de peso do gado em todas as estações do ano, já que mesmo no inverno o campo se mantém em bom estado.
Além de todas essas vantagens, o coordenador de ILPF da Cocamar, Renato Watanabe acredita que mesmo estando em um país de proporções continentais, a pressão pela preservação de áreas de mata por porte do mercado internacional é cada vez maior.
“A ILPF permite intensificar a produção, e pode consolidar nosso país como o principal produtor mundial de alimentos preservando nossas florestas.”
Dentre os resultados positivos, obtidos na Fazenda Califórnia, Armando Gasparetto presencia o ganho de peso diário do gado de 1,240 Kg, numa região onde a média diária é cerca de 250 g. O cooperado da Cocamar, que passava até dois anos sem abater animais, já fez três cortes só nesse ano e acredita em mais um até o fim de 2016. A meta para daqui a dois anos, é alcançar a média de um abate a cada 60 dias.
Ao longo dos 252 alqueires todo o solo já passou pela prática da Integração Lavoura-Pecuária (ILP) e 100% do terreno foi recuperado. As expectativas do técnico agrícola responsável, Eleandro Zanolli, são ainda maiores.
“O pecuarista precisa quebrar esse paradigma de que a soja vai prejudicar o gado. Um condiciona o outro, um depende do outro. Acredito que essa prática tem a tendência de aumentar cada vez mais.”
Lucros
Para a implantação da prática de integração é necessário investimento do produtor, seja com a correção do solo ou custo operacional com maquinário, entre outras necessidades. Entretanto, todo esse capital é revertido logo após o primeiro ano de integração.
Zanolli explica que após todos esses anos de trabalho na Fazenda Califórnia, atualmente toda a soja colhida é estocada em depósitos na Cocamar e vendida ao longo do tempo.
“Os ganhos com a soja mantém todos os gastos da propriedade, incluindo medicamentos e cultivo do solo. Já os resultados com o abate do gado são livres para o produtor.”
Mesmo com pouca experiência com a soja, no início da reforma, Armando Gasparetto enxerga a integração como solução para a realidade que vive.
“No começo fiquei muito receoso por aqui ser muito quente e pelo solo arenito. Com todo esse tempo de trabalho enxergo, hoje, que a solução do arenito é a integração. A agricultura e a pecuária precisam se integrar”, finaliza.
Mesmo sendo uma prática com mais complexidade para ser gerido, já que muitos processos acontecem ao mesmo tempo dentro da propriedade, o sucesso pode ser alcançado por meio de planejamento e contando com apoio competente e eficaz.
“A intensidade de operações que a agricultura exige também assusta os pecuaristas no inicio, porém rapidamente estas operações entram na rotina da fazenda e o agricultor. A Cocamar vem apoiando a parceria entre lavoreiros e pecuaristas, onde a soja fica por conta de agricultores profissionais que devolvem a pastagem reformada para o pecuarista desenvolver uma pecuária altamente produtiva”, finaliza Watanabe.
Amanda Gomes
Comunicação Organizacional – Cocamar
Comunicação Organizacional – CocamarAmanda Gomes
Comunicação Organizacional – Cocamar
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