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Rede ILPF chega ao Maranhão para a primeira etapa de execução do Projeto Desenvolvimento Agrícola Sustentável, em parceria com a GIZ

Nossa equipe já está em campo no Maranhão dando início à execução da primeira etapa do Projeto Desenvolvimento Agrícola Sustentável. Serão 10 dias de incursão, fazendo visitas operacionais e institucionais com as diversas partes interessadas do agronegócio e da agricultura familiar, parceiros, órgãos municipais e estaduais para construção conjunta dos locais de atuação direta e indireta e definição do cronograma de ações da Rede ILPF na microrregião de Chapadinha, área de abrangência do Projeto. A engenheira agrônoma e especialista em ILPF Andreza Cruz e o doutor em Biologia Nilo Sander, coordenadora de projetos e gerente técnico da Rede ILPF, respectivamente, estão a frente desta ação.

“Conhecer a realidade dos produtores e das comunidades extrativistas, as pesquisas que já estão sendo conduzidas, as dificuldades e necessidades são essenciais para o início de todo projeto, desta forma poderemos promover uma ação que seja efetiva e duradoura, agregando a todos envolvidos,” afirma Andreza Cruz.

 

Parceria

O Projeto Desenvolvimento Agrícola Sustentável é executado pela Associação Rede ILPF em parceria com a Cooperação Brasil-Alemanha por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH pelo Programa Cadeias Sustentáveis. A iniciativa visa aumentar a sustentabilidade da cadeia produtiva da soja e desenvolver alternativas para a cadeia socioprodutiva do babaçu em colaboração com o Governo do Maranhão.

“Entendemos essa parceria com a Rede ILPF e a Embrapa Cocais como uma contribuição de extrema relevância para promover a sustentabilidade a partir do diálogo com os produtores, buscando modelos de produção em que seja possível conciliar práticas de conservação do solo e aumento de produtividade, além de buscar estratégias de incentivos econômicos para remunerar a manutenção de áreas florestais, no caso da soja. Também enxergamos uma perspectiva muito positiva no viés socioeconômico com a cadeia do babaçu, desde a melhoria da segurança do trabalho para as quebradeiras de coco, a criação de novos produtos a partir do fruto e a geração de renda”, afirma Westphalen Nunes, assessor técnico da GIZ.

“Vamos destacar o protagonismo dos povos e comunidades tradicionais, das quebradeiras de coco babaçu, dos produtores rurais na geração de negócios e no fortalecimento da identidade sociocultural do Maranhão associada ao potencial produtivo do Estado,” complementa Guilhermina Nunes, pesquisadora da Embrapa Cocais.

Entre as ações previstas para o período de execução do Projeto Desenvolvimento Agrícola Sustentável estão capacitações presenciais e por meio de EAD, dias de campo, consultorias técnicas, transferência de tecnologia para implantação de sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e certificações, como também desenvolvimento de mecanismos financeiros que incentivem práticas de produção de baixa emissão de carbono.

 

ILPF

A ILPF é uma tecnologia de produção agropecuária com grande potencial de mitigação de emissões de gases de efeito estufa e sequestro de carbono pelo solo e biomassa, além de uma série benefícios socioambientais e econômicos. A implementação dos sistemas ILPF variam de acordo com as características de cada região e propriedade.

Maranhão

No estado do Maranhão, atualmente (safra 2020/2021) são 105.012 ha de área cultivada em sistemas integrados, o que corresponde a 2,19 % da área total, revelando a necessidade de promoção da tecnologia para aumento de área.

Dessa forma, o projeto e a rede ILPF irão colaborar para o alcance das metas apresentadas pelo Brasil em sua Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) ao Acordo de Paris durante a COP-21 e reforçadas pelo Programa ABC+ do MAPA e os compromissos assumidos na COP-26.

 

 Sobre a Rede ILPF

A Associação Rede ILPF é formada e cofinanciada pelas empresas Bradesco, Ceptis, Cocamar, John Deere, Soesp, Syngenta e pela Embrapa e tem como propósito contribuir para o aumento da produtividade das fazendas brasileiras de forma sustentável com a adoção dos sistemas integrados de produção (ILPF).

“Fazer parte do projeto Cadeias Sustentáveis junto com todos os parceiros, em especial a GIZ e a Rede ILPF, é extremamente valioso pra Embrapa Cocais, pois nos auxilia a alcançar a missão de desenvolver e disseminar inovações tecnologias para as cadeias produtivas da agricultura, nesse caso, a tão importante cadeia do extrativismo do babaçu,” afirma Marcos Toledo, pesquisador da Embrapa Cocais.

A Rede ILPF atualmente apoia uma rede com 16 Unidades de Referência Tecnológica (URT) e 12 Unidades de Referência Tecnológica e de Pesquisa (URTP), distribuídas entre os biomas brasileiros e envolvendo a participação de 22 Unidades de Pesquisa da Embrapa.

Uma das missões da Rede ILPF é celebrar parcerias que promovam, sempre e cada vez mais, uma agricultura que una produtividade e baixas emissões de carbono no Brasil. “O Projeto que une GIZ e Rede ILPF é exemplo da aplicação da tecnologia integração lavoura-pecuária-floresta com o objetivo de tornar o trabalho com o babaçu e soja no Maranhão mais sustentáveis e inclusivos,” conclui Isabel Ferreira, diretora Executiva da Rede ILPF.

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