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Crédito: Rodrigo Ziebell

Rede ILPF e governo do RS assinam acordo para estímulo à expansão do Sistema de Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta no estado

Assinatura ocorreu nesta terça-feira (11) na Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque

O governo do Rio Grande do Sul, por meio da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e a Associação Rede ILPF assinaram, nesta terça-feira (11), na ExpoDireto Cotrijal, em Não-Me-Toque (RS), o Acordo de Cooperação Técnica (ACT) para a implantação do Integra RS, programa dedicado ao fomento da expansão do Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) no estado.

Estiverem presentes na solenidade, o vice-governador do RS, Gabriel Souza; o presidente-executivo da Rede ILPF, Francisco Matturro; que assinou o acordo junto com o secretário de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do RS, Clair Kuhn; o coordenador do Plano ABC+/RS, Jackson Brilhante; o vice-presidente da Farsul, Domingos Lopes; o superintendente do Ministério da Agricultura no RS, José Cleber Dias; e o presidente da Emater/RS-Ascar, Luciano Schwerz.

Crédito: Rodrigo Ziebell

A iniciativa faz parte do programa Integra Rede ILPF, já consolidado em São Paulo como Integra SP. O primeiro passo será a capacitação de profissionais do Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA), referência em pesquisa e desenvolvimento da orizicultura no estado, e da Emater/RS-Ascar, entidade de assistência técnica e extensão rural voltada ao fortalecimento da agropecuária gaúcha.

O cronograma de 2025 prevê treinamentos presenciais e online, elaborados em parceria com técnicos locais para mapear os potenciais e desafios dos sistemas ILPF. O objetivo é impulsionar a renda do produtor na mesma área, garantindo sustentabilidade e promovendo sua emancipação econômica.

Gabriel Souza, que é médico veterinário, recordou que aprendeu na faculdade sobre a integração lavoura-pecuária, o qual considera um conceito essencial. “A integração com florestas não só aumenta a produtividade e a eficiência do uso da terra, como também contribui para uma agricultura mais sustentável, emitindo menos carbono. O governador Eduardo Leite sempre enfatiza a necessidade de uma agricultura que respeite nosso compromisso com a sustentabilidade. Para alcançarmos nossas metas de redução de emissões, cremos que o futuro do agronegócio está na integração de diferentes culturas, e é por isso que buscamos um acordo de cooperação técnica com a Rede LPF. É uma prioridade para o nosso Estado apoiar e desenvolver um setor primário mais sustentável”, destacou o vice-governador.

“A ciência e o estudo demonstraram ao longo dos anos a evolução para a agropecuária gaúcha. Com esse acordo assinado agora temos a oportunidade em nossas mãos de fazermos mais. Sem dúvida essa é uma atividade que vai integrar a lavoura-pecuária-floresta e levar mais renda aos produtores”, afirmou o secretário Clair.

“A integração lavoura-pecuária-floresta siginifica a emancipação do produtor. De que forma? Porque tem uma renda de curto prazo, que são as lavouras de cereais. Tem o gado no médio prazo e o componente florestal no longo prazo. Estamos lá por propósito. As empresas que apoiam a Rede são com o propósito de melhoria do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), a vida das pessoas ou a estrada onde andam”, ressaltou Matturro.

:: Sobre o Sistema ILPF

A ILPF é uma estratégia de produção que combina diferentes sistemas produtivos: agrícolas, pecuários e florestais em uma mesma área, seja em consórcio, sucessão ou em rotação de culturas, gerando benefícios para todas as atividades.

A prática intensifica de modo sustentável o uso da terra, protege e fertiliza o solo, promove a economia de insumos e consequente redução de custos, e simultaneamente eleva a produtividade em uma mesma área, diversificando produção e fontes de receita. Ao mesmo tempo, o Sistema é ambientalmente correto, com baixa emissão de gases de efeito estufa e permite o sequestro de carbono.

Culturas agrícolas como grãos [soja e milho] e produção de fibras [algodão] podem ser utilizadas na ILPF. A modalidade pecuária contempla, sobretudo a bovinocultura de corte ou leite e a parte florestal envolve a silvicultura, com destaque, por exemplo, para o plantio de eucaliptos. Diferentemente do senso comum, a ILPF pode ser adaptada para pequenas, médias e grandes propriedades, em todos os biomas brasileiros