Sistemas silvipastoris aportam diversos benefícios para a produção pecuária
O uso da madeira na propriedade rural é muito tradicional, seja para fazer cercas, mangueiras, postes e diversas outras construções. Com o objetivo de ajudar o produtor a usar ainda melhor essa matéria-prima, versátil e resistente, a Embrapa Pecuária Sul, a Emater/RS-Ascar e a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) promovem, no dia 19 de novembro (terça-feira), o minicurso Uso da Madeira Tratada na Propriedade Rural.
A capacitação é gratuita, mas tem vagas limitadas, e ocorre na sede da Embrapa Pecuária Sul em Bagé, entre 13h30min e 17h. Quem ministra o minicurso é o professor de biodegradação, preservação e secagem da madeira do curso de Engenharia Industrial Madeireira da UFPel, Leonardo da Silva Oliveira.
Conforme Oliveira, a madeira tratada recebe uma proteção química que lhe confere resistência ao ataque de agentes de degradação, como fungos e insetos, garantindo vida útil mais prolongada quando comparada com a madeira de baixa durabilidade natural e sem tratamento. “É possível realizar alguns métodos de tratamento preservativo na propriedade rural, métodos artesanais, denominados métodos sem pressão. Esses métodos requerem procedimentos simples e são de fácil execução, muitos dos materiais necessários o produtor já dispõe na propriedade, os maiores investimentos ficam por conta da solução preservativa, que são sais hidrossolúveis”, explica.
O minicurso vai esclarecer questões como: Por que tratar a madeira? O que é madeira tratada? E como tratar madeira? A capacitação apresentará, ainda, o método de tratamento de substituição de seiva, considerando a teoria de seu procedimento e a sua execução prática.
O gerente-adjunto da Emater/RS-Ascar Regional Bagé, Rodolfo Perske, destaca que o tratamento da madeira permite fazer moirões de eucaliptos de apenas cinco ou seis anos de idade. Por outro lado, a madeira não tratada da mesma árvore precisa de cinco vezes mais tempo para poder ser usada. “Esses eucaliptos com madeiras de cerne, para se ter uma madeira sem necessidade de tratamento, eles precisam de no mínimo 30 anos de idade. E esses eucaliptos estão ficando cada vez mais escassos. O tratamento é uma alternativa para ter uma madeira de forma mais barata, pois o tratamento é feito na própria propriedade”, destaca.
O pesquisador da Embrapa Pecuária Sul, Hélio Tonini, destaca que, além de atender a demanda de diversas construções rurais, o uso da madeira tratada viabiliza a realização dos desbastes que servem para melhorar a qualidade dos plantios, e promover o aumento da luminosidade e a produção forrageira no sistema. “Os sistemas silvipastoris também promovem o bem-estar animal devido as possibilidades de sombra para os rebanhos, podem diversificar a renda na propriedade e aumentar o sequestro de carbono”, completa.
O minicurso integra o Projeto Silvipastoril da Região da Campanha e conta com o apoio da Rede ILPF e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As inscrições podem ser feitas através do e-mail pecuaria-sul.eventos@embrapa.br ou pelo telefone (53) 3240-4650.
Serviço
O que: Minicurso Uso da Madeira Tratada na Propriedade Rural;
Quando: 19 de novembro (terça-feira);
Onde: Embrapa Pecuária Sul;
Horário: 13h30min;
Inscrições: Gratuitas, através do e-mail pecuaria-sul.eventos@embrapa.br ou pelo telefone (53) 3240-4650.
Foto: Hélio Tonini
Felipe Rosa (14406/RS)
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