Fazenda adota ILPF e gera renda de maneira sustentável em área de preservação ambiental no Rio Grande do Sul
Fazenda Santa Cândida conta com 600 hectares, base para o cultivo de arroz irrigado e a engorda de gado. Está localizada em Santa Vitória do Palmar (RS), no entorno da Estação Ecológica do Taim, principal ecossistema de banhado do país, situada numa estreita faixa de terra entre o oceano Atlântico e a Lagoa Mirim, na região ao sul do Rio Grande do Sul.
As ações do projeto ILPF iniciaram em 2012, com o objetivo de melhorar o manejo da propriedade, localizada na zona de amortecimento do Taim, sobre um solo frágil e com forte apelo ambiental.
“As tecnologias empregadas visam qualificar o solo, incorporando matéria orgânica e favorecendo a ciclagem de nutrientes com uso eficiente dos recursos naturais”, conta o pesquisador Jamir da Silva, da Embrapa Clima Temperado.
Dentro da proposta construída em conjunto com entidades ambientais, produtor e pesquisa, as áreas de arroz foram trocadas pelas pastagens. A rotação acontece da seguinte forma: dois anos de arroz, seguidos de quatro anos de pastagens ou pousio. O resultado para o produtor foi o melhor aproveitamento das pastagens de inverno com a regeneração natural na ressemeadura e o vigor do campo nativo nas áreas recuperadas.
“O melhor retorno é a eficiência no sistema de produção. Com o ILPF conseguimos provar que é possível produzir mais com sustentabilidade”, avalia o produtor Cláudio Roberto da Silva.
Condução da ILPF
Há três anos, a lavoura de arroz foi drenada para a implantação de pastagens, com a recuperação do solo através de calcário e adubação de base, além de leve gradagem. A seleção de espécies forrageiras privilegiou alternativas com boa capacidade de rebrote, como azevém, trevo branco e cornichão, que reduzem os gastos com sementes e garantem oferta de pasto. A estratégia permitiu antecipar o período de pastejo em mais de 60 dias.
O produtor trabalha o ciclo completo da pecuária, com cria, recria e terminação. Mas o que chamou mais a atenção foi o desempenho dos terneiros, onde as pastagens fizeram acelerar o ciclo dos animais.
“Hoje vendemos animais com 18 a 24 meses, enquanto antes saiam apenas com 24 a 36 meses. É um ganho significativo de eficiência no sistema”, avalia o produtor Cláudio Roberto da Silva.
Na Unidade Demonstrativa acompanhada pela Embrapa, o ganho de peso vivo chegou a 777 Kg/ha (quilos por hectare), enquanto a testemunha não manejada o retorno foi de 145 kg/ha.
“Estou orgulhoso em dizer que hoje a minha propriedade é economicamente mais rentável e focada na preservação ambiental”, afirma o produtor.
Dia de Campo no Taim aborda manejo de pastagens na integração Lavoura-pecuária | Programa Terra Sul
Joseani M. Antunes (MTb 9396/RS)
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