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Crédito: Rede ILPF

Brasil tem 160 milhões de hectares de pastagens que podem ser convertidos em ILPF

Presidente-executivo da Rede ILPF, Francisco Matturro, participou do evento “Agro Sustentável: Recuperação de terras degradadas e conversão em sistemas produtivos sustentáveis”, realizado pelo Bradesco BBI

O presidente-executivo da Rede ILPF, Francisco Matturro, disse, nesta terça-feira (27), no evento “Agro Sustentável: Recuperação de terras degradadas e conversão em sistemas produtivos sustentáveis”, realizado pelo Bradesco BBI, na capital paulista, que o Brasil tem 160 milhões de hectares de pastagens que podem ser convertidos em áreas de Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), ampliando ainda mais a área de produção agropecuária no País sem qualquer necessidade de novas aberturas.

Matturro destacou que a expansão sustentável do agro brasileiro foi ancorada em Ciência e pesquisa agrícola, que resultaram em tecnologias que viabilizaram o cultivo em solos naturalmente pouco férteis. Matturro ressaltou que a Rede ILPF tem seis programas regionais de expansão do Sistema ILPF, batizados de Integras, que estão distribuídos pelos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás.

Em sua exposição, Matturro assinalou a transformação que a ILPF proporcionou, sobretudo no tocante à redução de custos, ganhos de produtividade e diversificação de renda em duas propriedades rurais emblemáticas que adotaram o Sistema. Na fazenda Santa Brígida, no município de Ipameri (GO), a produtividade média das lavouras de soja com cultivo integrado à bovinocultura saltou de 2,7 toneladas por hectare para 4,4 t/ha em cerca de 20 anos. “No caso do milho, o rendimento subiu de cinco toneladas por hectare para 11 no mesmo período.”

Já na fazenda Campina, do grupo Nelore Mocho CV, situada em Caiuá (SP), após onze anos de ILPF, a propriedade passou a ter cinco safras por ano: soja, milho, forrageiras, a de bezerro e a quinta marcada pela palhada que fica no solo para o ciclo seguinte. Isso, sem contar o componente florestal.

“A Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, que chega hoje a aproximadamente 18 milhões de hectares, significa a emancipação do produtor. De que forma? Porque tem uma renda de curto prazo, que são as lavouras de grãos e cereais. Tem o gado no médio prazo e o componente florestal no longo prazo.”

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O evento contou ainda com a participação de Carlos Augustin [assessor direto do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro], de Aryeverton de Oliveira [pesquisador da Embrapa] e Mário Gouvea de Almeida [Tesouro Nacional], que falaram sobre os desafios de financiamento para recuperação de pastagens; além do consultor Alexandre Mendonça de Barros [MB Agro] e Peterson Penido [Grupo Roncador], que trataram de caminhos para agricultura regenerativa.