O potencial de sequestro de carbono proporcionado pelo Sistema Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) foi destaque em painel sobre mudanças do clima no Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio, que ocorreu nesta semana na capital paulista.
Em sua participação como mediador de mesa-redonda, que tratou do tema, o presidente-executivo da Rede ILPF, Francisco Matturro, elencou diferenciais do Sistema ILPF relacionados à mitigação de emissões de gases de efeito estufa e sequestro de carbono.
A lista é extensa, como, por exemplo, pastos bem manejados; o componente florestal; cobertura de solo; rotatividade de culturas, que viabiliza a ciclagem de nutrientes, reduzindo assim a necessidade de fertilizantes nitrogenados; a intensificação da pecuária, que diminui o tempo de abate e consequente de emissão de metano do rebanho; entre outros ativos sustentáveis dos sistemas integrados.
“O Sistema ILPF é um mitigador de riscos, ambientais e também socioeconômicos. A Integração Lavoura-Pecuária-Floresta significa a emancipação do produtor. De que forma? Porque tem uma renda de curto prazo, que são as lavouras de grãos e cereais. Tem o gado no médio prazo e o componente florestal no longo prazo”, ressalta.
Em painel seguinte, a diretora de ESG da Amaggi, gigante brasileira produtora de grãos e fibras, Juliana Lopes, assinalou que o agro brasileiro tem um amplo portfólio de boas práticas agrícolas, incluindo o Sistema ILPF entre elas. “É o plantio direto, são os cultivos de cobertura de solo, os pastos de alto vigor, a ILPF, o crescimento das colheitas e da produção de carne baseado em produtividade, a energia renovável a partir do campo etc.”