A Rede ILPF estará presente na 28ª Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre
Mudanças Climáticas (COP-28), que este ano será realizada nos Emirados Árabes, entre 30 de novembro e 12
de dezembro.
A Conferência reúne todos os países-membros da ONU para debater estratégias para conter o aquecimento
global – cujo máximo aceitável, de acordo com o Painel Intergovernamental Sobre Mudanças Climáticas
(IPCC), é de 1,5º C até 2050, em relação às temperaturas registradas na era pré-industrial. A proposta é
discutir os desafios impostos pelas mudanças do clima, e neste contexto o setor agropecuário tem papel
relevante neste momento de transição.
Participação Rede ILPF
A participação da Associação Rede ILPF será durante o painel promovido pela Apex e mediado pela
Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), no dia 10 de dezembro entre às 15h e 16h15 no Pavilhão
Brasil.
Com o tema “A Nova Agricultura de baixo Carbono: Recuperação de pastagens degradadas e aumento de
produtividade”, a Rede ILPF e Associadas irão discutir estratégias colaborativas para a recuperação de áreas
degradadas e a promoção de práticas agrícolas sustentáveis.
Serão apresentados exemplos bem-sucedidos de ILPF e programas que envolvem parcerias entre diferentes
setores, como empresas, organizações da sociedade civil, governos e comunidades locais, além de da
importância de instrumentos financeiros para alavancar as boas práticas no Agro.
Participarão do debate: Silvia Massruhá – Presidente da Embrapa; Isabel Ferreira – Diretora
Executiva da Rede ILPF; Grazielle Parenti -VP of Business Sustainability LATAM Syngenta; – a
mediação será de Giuliano Alves, representando a Abag.
Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF)
Na pecuária, o Brasil tem 159 milhões de hectares de pastos, que produzem carne e leite, sem necessidade
de ampliação de espaço para aumentar a produção.
A Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), tecnologia agropecuária desenvolvida pela Embrapa é uma
das alternativas. A ILPF mitiga a emissão de gases de efeito estufa, impede abertura de novas áreas, promove
maios conforto animal, aumenta a produtividade e diversifica a lavoura.
Atualmente 66% do território nacional está coberto com vegetação nativa. Além disso, as áreas plantadas ou
destinadas à pecuária podem ser otimizadas, ganhando produtividade, por meio de técnicas como plantio
direto, uso de bioinsumos e fixação biológica de nitrogênio, por exemplo.
O país tem cerca de 17,4 milhões de hectares com sistemas de Integração. A Rede ILPF tem a meta de elevar
este número para 35 milhões de hectares até 2030.
Dados:
De acordo com Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig),
atualmente o Brasil tem 159 Mi ha de área de pastagens, 90 Mi há em algum estágio de
degradação. A vegetação nativa ocupa 66% do território brasileiro; 30% destinam-se a produção
agropecuária; 224 milhões de cabeça de gado em 2021 segundo o IBGE.
Produtores Rurais preservam e são ambientalmente responsáveis pela vegetação nativa.
A vegetação nativa das propriedades rurais representa 33,2% do território brasileiro; 282,85
milhões de hectares preservados estão dentro das fazendas.