Com 6,5 milhões de hectares ocupados por pastagens, em mais de 270 mil propriedades, o Estado de São Paulo tem 20% dessa área degradada e 60% em estágio inicial de degradação*. Para mudar esse cenário, mais de 100 técnicos da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) iniciaram uma capacitação continuada em sistemas de produção Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). A iniciativa busca ampliar em cerca de 1 milhão de hectares a área de integração no Estado até 2030.
Com apoio da Associação Rede ILPF e da Embrapa, o projeto para a restauração da capacidade produtiva dessas áreas, por meio de sistemas integrados, teve início nessa segunda-feira, 19 de setembro.
Para o chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Pecuária Sudeste, André Novo, a instituição não pode ficar longe da extensão rural. “Temos bastante proximidade com os técnicos. Eles são a nossa ponte com o setor agropecuário. Sem a extensão rural, as pesquisas não chegam até os produtores”, destacou André durante a abertura on-line da primeira etapa da capacitação.
A diretora executiva da Rede ILPF, Isabel Ferreira, ressaltou o engajamento dos parceiros nesse projeto e sua potencialidade.
O coordenador substituto da CATI, João Brunelli Júnior, frisou que não é um projeto de curto prazo. De acordo com ele, já existe um cadastro de propriedades interessadas em iniciar o trabalho com ILPF e o compromisso da CATI de acompanhar essas fazendas.
Entre os principais objetivos do projeto, além da ampliação da integração no estado, estão: reduzir os custos globais de produção na agropecuária, contribuir com a mitigação de gases de efeito estufa, melhorar a disponibilidade de alimentação animal na estação seca, recuperar pastagens degradadas e melhorar as condições do solo em áreas de lavoura.
Os mais de 100 técnicos participantes começaram o nivelamento teórico, com duração de três dias, na sequência virão as atualizações presenciais e o início da implantação dos sistemas ILPF nas propriedades com supervisão da Rede ILPF.
*(Fonte: LUPA-SAA)