Vencedores da edição 2024 do Concurso de Jornalismo da Rede ILPF recebem premiação em Brasília, durante o evento de 51 anos da Embrapa.

Sistemas ILPF: solução sustentável para a recuperação de áreas com baixa produtividade”, foi o tema deste ano.

O evento comemorativo dos 51 anos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) teve a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da primeira-dama Janja e dos ministros da Fazenda, Agricultura e Ciência, tecnologia e inovação: Fernando Hadadd, Carlos Fávaro e Luciana Santos, respectivamente.

Políticos, diretores de entidades do setor e empresários também participaram da solenidade na Capital Federal.

Para o Diretor Executivo da Rede ILPF o evento foi de grande importância para reforçar ao público e ao país a importância da pesquisa, inovação e tecnologia para a agricultura. “A contribuição da Embrapa para agropecuária brasileira é fundamental, por meio da pesquisa assumimos a posição do maior exportador de alimentos do mundo”, esclarece Matturro.

A Presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, conduziu a abertura da solenidade.

“Se os últimos 50 anos foram determinantes para o desenvolvimento da agricultura brasileira, tornando-a altamente competitiva em nível mundial, o olhar para o futuro se volta para um cenário mais inclusivo e sustentável. Essa referência ao passado é importante para a inovação que se inicia hoje”, disse Silvia Massruhá, durante a cerimônia. Segundo ela, os principais desafios dessa nova fase são pautados por demandas relacionadas à alimentação saudável, enfrentamento às mudanças climáticas, bem-estar e qualidade de vida e redução das desigualdades no campo.

Durante o evento também houve um painel sobre Agropecuária sustentável: desafios e oportunidades. Francisco Matturro, Diretor Executivo da Rede ILPF; Roberto Castro, Diretor da Syngenta; Mônica Pedó, Líder de Sustentabilidade da John Deere, Roberto França, Diretor de Agronegócio do Bradesco e a presidente da Embrapa Silvia Massruhá debateram o assunto.

Premição de Jornalismo

A Rede ILPF foi uma das patrocinadoras do Embrapa 50+ e teve um espaço durante o evento. Nele foram lançados alguns projetos em parceria com a Embrapa, além da entrega dos troféus aos vendedores do prêmio de Jornalismo.

O tema deste ano do concurso foi “Sistemas ILPF: solução sustentável para a recuperação de áreas com baixa produtividade”.

Ao todo foram inscritas 48 reportagens nas cinco categorias: reportagem escrita, reportagem em vídeo, reportagem em áudio, reportagem em veículo estrangeiro e reportagem de profissionais das associadas da Rede ILPF. Podiam ser inscritos conteúdos jornalísticos veiculados entre 2 de março de 2023 e 24 de março de 2024.

Em uma das categorias, a de veículos estrangeiros, as candidatas não cumpriram os requisitos do edital, não sendo elegíveis para a premiação.

Esta é a quarta edição do Prêmio que tem como objetivo valorizar os profissionais de imprensa e estimular a divulgação de sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta. O concurso é promovido pelas equipes de comunicação da Embrapa e da Rede ILPF.

Confira os vencedores:

Reportagem escrita

Integração, adaptação e produtividade – Safira Campos

Site PNB Online

Reportagem em vídeo

Sistemas Agroflorestais (Série Planeta Campo 2ª temporada) – Yahell Bonfim, Michele Jardim, Renato Medeiros, Caio Lucas, Will Guimarães e Jaqueline Silva

Canal Rural

Reportagem em áudio

Pastagem integrada à floresta nativa é alternativa para produção leiteira – Cléber Moletta

Rádio Cultura FM, de Guarapuava

Categoria para profissionais das associadas da Rede ILPF

Fazenda no Paraná realiza primeira colheita de cevada em sistema de integração com floresta – Kátia Pichelli

Embrapa Florestas

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Rede ILPF e Embrapa Meio-Norte debatem adoção de ILPF no Matopiba durante Simpósio de Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta.

A Rede ILPF, representada pela coordenadora de projetos, Andreza Cruz, apoiou o  Simpósio de Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) no dia 4 de abril. em Teresina (PI).

Pesquisadores de diversas unidades da Embrapa debateram as vantagens e limitações da adoção de sistemas integrados no Matopiba.

O evento foi realizado na Embrapa Meio-Norte (Teresina, PI) com a participação de técnicos, consultores, pesquisadores, professores, produtores e estudantes de graduação e pós-graduação em ciências agrárias.

De acordo com o pesquisador Henrique Antunes, da Embrapa Meio-Norte, coordenador do evento, o Simpósio buscou promover as vantagens, benefícios e diferenciais do sistema ILPF na região do Matopiba. “É importante apresentar vantagens técnicas e limitações para adoção desses sistemas, as tecnologias desenvolvidas e adaptadas para seu uso e implantação, além de compartilhar experiências práticas”, afirma.  

A programação do Simpósio contou com a exposição de resultados de pesquisas nos estados do Piauí, Maranhão e Tocantins; além de palestras mais generalistas abordando temas como carne de baixo carbono e carbono neutro, manejo de pastagens e cultivo de grãos.

Os temas abordados nas palestras e mesas redondas foram: histórico do sistema ILPF desenvolvido e validado pela Embrapa na região do Matopiba; experiências e dados de pesquisas no Maranhão e Piauí; sustentabilidade de sistemas integrados com aporte de biomassa no Tocantins; carne carbono neutro e baixo carbono e sua relação com sistemas integrados; manejo de pastagens; experiências e dados do Sistema Antecipe no Matopiba e a experiência da Fazenda Barbosa com esse sistema.

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Projeto SustentAgro fortalece ações de divulgação de ILPF em Mato Grosso do Sul e lança aplicativo para coletar dados e monitorar áreas com sistemas de integração no Brasil.

O lançamento do aplicativo ILPFdigital e a Roda de Conversa, com o tema “ILPF: Uma Alternativa Sustentável”, realizado na sede da Cocamar em Campo Grande-MS, reuniu um público de 80 pessoas, entre produtores rurais, profissionais do segmento agropecuário, pesquisadores e representantes de entidades setoriais e do governo do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, além das Associadas Cocamar, Suzano, Timac e Embrapa.

O aplicativo ILPFdigital representa um marco significativo no processo de digitalização do campo, marcando um avanço crucial para a coleta e o mapeamento de áreas de ILPF em todo o Brasil, ajudando na expansão dos sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF).

“Conhecer esses números de forma temporal e espacial, de um ano para outro. Incluindo também quais modalidades estão sendo adotadas e quais as formas de manejo. A plataforma busca facilitar o acesso as informações sobre os sistemas ILPF, afim de criar dados disponíveis e confiáveis para tomada de decisão pelo governo, por empresas privadas e pelos produtores. Assim poderemos incentivar a adoção desses sistemas. Os dados utilizados vão compor um banco da Embrapa, inicialmente essas informações não serão públicas, mas o próximo passo do projeto é tornar esse banco público para consulta”, afirma Fernanda Granja coordenadora das Câmaras de Carbono e Agricultura Digital da Rede ILPF.

“Para Margareth Simões da Embrapa Solos e responsável pelo desenvolvimento do ILPFDigital, o aplicativo é simples de ser utilizado e ao mapear os talhões o produtor ajuda a entender o que está acontecendo no estado, se são necessários mais programas de incentivo, mais financiamento, mais política pública e ajuda na tomada de decisão e planejamento.”

O evento foi organizado pela equipe do SustentAgro, projeto executado pela Rede ILPF, com recurso do Land Innovation Fund (LIF), que incentiva, por meio de transferência de tecnologia, capacitações e diversas outras ações, a sustentabilidade na cadeia produtiva da soja nos estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Para Mariana Galvão, representante do Land Innovation Fund, projeto SustentAgro traz inovação, foco na fazenda e portifólio integrado. Através da integração dos setores financeiro, de mercado e de pesquisa, além da expansão de parcerias com os estados.”A gente acredita que trazendo os elementos necessários, tanto de integração de instituições de diferentes setores, quanto de integração no campo. Somente assim, é possível fazer uma transformação para uma produção mais sustentável e inteligente,” finaliza Mariana.

A Roda de Conversa teve como tema a “Integração Lavoura-Pecuária como uma alternativa sustentável”. Participaram do debate os pesquisadores Dr. Rodrigo Amorim Barbosa – Pesquisador da Embrapa Gado de Corte – Atua na área de avaliação de novos materiais forrageiros para melhoramento genético de gramíneas tropicais e na área de manejo de pastagens como foco em estratégias para aumentar a produtividade e a sustentabilidade dos sistemas de produção animal em pasto.

Dra. Mariana de Aragão Pereira – Pesquisadora da Embrapa Gado de Corte. Atua na área de Economia e Administração Rural, com ênfase em sistemas de produção e custos em pecuária de corte, sistemas integrados lavoura-pecuária-floresta(SLFS), tomada de decisões, adoção e impacto de tecnologias e gestão agrícola, incluindo o desenvolvimento de ferramentas gerenciais.

Dr. Edson Luis Bolfe – Pesquisador Embrapa Agricultura Digital. Atua em projetos de pesquisa envolvendo temas como a dinâmica de uso e cobertura das terras, sensoriamento remoto, mapeamento e monitoramento agrícola e ambiental.

Dra. Margareth Simões – Pesquisadora da Embrapa Solos. Grande experiência em Geoinformática com ênfase em Sensoriamento Remoto, Análise Espacial, Ciência de Dados, Business Intelligence aplicado à agricultura digital, monitoramento/planejamento ambiental, Mudança de Uso da Terra (LUC) e Modelagem de Uso da Terra (LUM).

Nilo Sander, coordenador do Projeto SustentAgro pela Rede ILPF, afirma que ações como essas fortalecem toda o segmento e fortalece inciciativas em prol da sustentabilidade agropecuária brasileira.

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Contextos práticos e econômicos da Integração Lavoura Pecuária (ILP): Saiba como o uso da tecnologia pode ajudar no monitoramento rural para diversas finalidades.

Participe dos eventos do SustentAgro e contribua para a sustentabilidade Agropecuária.

O projeto SustentAgro executado pela Rede ILPF e financiado com recurso do Land Inno-vation Fund (LIF), atua no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás para levar sustentabilidade para a cadeia produtiva da soja por meio dos Sistemas de Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF).

Nos próximos 14 meses do Projeto, serão diversas ações para levar informação aos produtores rurais e profissionais do segmento com o objetivo de difundir a ILPF em diversos contextos, com foco em sustentabilidade e produtividade.

Como parte destas atividades está a Roda de Conversa e o Lançamento do aplicativo ILPF digital no próximo dia 11 de abril em Campo Grande MS.

Veja os detalhes do evento:

Roda de Conversa: “Integração Lavoura-Pecuária como uma alternativa sustentável”.

o Dr. Rodrigo Amorim Barbosa – Pesquisador da Embrapa Gado de Corte – Atua na área de avaliação de novos materiais forrageiros para melhoramento genético de gramíneas tropicais e na área de manejo de pastagens como foco em estratégias para aumentar a produtividade e a sustentabilidade dos sistemas de produção ani-mal em pasto.

o Dra. Mariana de Aragão Pereira – Pesquisadora da Embrapa Gado de Corte. Atua na área de Economia e Administração Rural, com ênfase em sistemas de produção e custos em pecuária de corte, sistemas integrados lavoura-pecuária-floresta

(SLFS), tomada de decisões, adoção e impacto de tecnologias e gestão agrícola, incluindo o desenvolvimento de ferramentas gerenciais.

o Dr. Edson Luis Bolfe – Pesquisador Embrapa Agricultura Digital. Atua em projetos de pesquisa envolvendo temas como a dinâmica de uso e cobertura das terras, senso-riamento remoto, mapeamento e monitoramento agrícola e ambiental.

o Dra. Margareth Simões – Pesquisadora da Embrapa Solos. Grande experiência em Geoinformática com ênfase em Sensoriamento Remoto, Análise Espacial, Ciência de Dados, Business Intelligence aplicado à agricultura digital, monitoramento/plane-jamento ambiental, Mudança de Uso da Terra (LUC) e Modelagem de Uso da Terra (LUM).

Lançamento do aplicativo ILPFdigital.

App ILPFdigital: Integrante da plataforma ILPFdigital o app é gratuito e foi concebido para mapear a adoção de sistemas ILPF nas mais diversas regiões produtoras do Brasil. Este App foi desenvolvido em parceria entre a Câmara de Agricultura Digital da Rede ILPF, Pro-jeto SustentAgro e GeoABC+ (Embrapa Solos). O público-alvo do app é formado de produ-tores, técnicos de agências de extensão rural, parceiros e profissionais das empresas As-sociadas da Rede ILPF.

A partir dos dados inseridos, os usuários do app podem otimizar a gestão da informação da produção por talhão, bem como contribuir para o mapeamento do avanço dos sistemas ILPF no país.

Os dados de campo coletados pelo aplicativo são imprescindíveis para o treinamento dos algoritmos de aprendizado de máquina da metodologia do GeoABC+.

Portal-web: Os dados agregados e anonimizados poderão ser disponibilizados no Portal-web, que estará dentro do site da Rede ILPF (em uma aba específica). Os gráficos, estatís-ticas e mapas contidos neste website poderá ser acessado pelos diversos setores da soci-edade civil organizada, produtores rurais, academia e pesquisa, imprensa, membros da Rede ILPF. Vai ser muito útil também para políticas públicas de Agricultura de Baixa Emis-são de Carbono (ABC) estaduais e federais, visto que será possível encontrar tendências das modalidades mais usadas, e o crescimento ou retração dos sistemas em determinada região/estado. Vale reforçar que os dados fornecidos por um produtor individualmente não poderão ser vistos pelo site, pois as informações do site estarão anonimizadas e agrega-das por município/estado, apresentadas por meio de mapas, gráficos e estatísticas.

Sobre ILPF

A ILPF é uma tecnologia de produção agropecuária com grande potencial de mitigação de emissões de gases de efeito estufa e sequestro de carbono pelo solo e biomassa, diversifi-cação de cultura e aumento da produtividade. A implementação dos sistemas ILPF varia de acordo com as características de cada região.

Atualmente o Brasil tem 17,4 milhões de hectares com algum tipo de integração de ILPF. Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, lideram a lista dos Estados com maior área de sistemas integrados. Veja aqui

Metas

A Rede ILPF tem o propósito de ampliar essa área para 35 milhões de hectares até 2030, além de diversificar os sistemas de produção e aumentar a representatividade do compo-nente florestal nesses sistemas.

Dessa forma, a ILPF irá contribuir para o alcance das metas apresentadas pelo Brasil em sua Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) ao Acordo de Paris durante a COP21 e reforçadas pelo Programa ABC+ do MAPA e os compromissos assumidos na COP.

Sobre a Rede ILPF

A Associação Rede ILPF é uma parceria público privada formada e cofinanciada pelas em-presas Bradesco, Cocamar, John Deere, Minerva Foods, Soesp, Syngenta, Suzano, Timac Agro e pela Embrapa e tem como propósito contribuir para o aumento da produtividade de forma sustentável na agropecuária.

A Rede ILPF apoia uma rede com 16 Unidades de Referência Tecnológica (URT) e 12 Uni-dades de Referência Tecnológica e de Pesquisa (URTP), distribuídas entre os biomas bra-sileiros e envolvendo a participação de 22 Unidades de Pesquisa da Embrapa, além de de-senvolver projetos em diversos estados brasileiros.

Saiba mais www.redeilpr.org.br

Sobre o Land Innovation Fund

Um fundo de inovação criado para buscar soluções para um dos maiores desafios da atua-lidade: o desmatamento. Inicialmente financiado pela Cargill e administrado pela Chemo-nics International, a inciativa apoia o design, o desenvolvimento e a entrega de soluções inovadoras para uma agricultura sustentável e climaticamente inteligente, livre de desmata-mento e conversão de vegetação nativa em três dos biomas prioritários da América do Sul: o Cerrado, o Gran Chaco e a Amazônia.

Saiba mais https://www.landinnovation.fund/

Sobre o evento | 11 de abril, às 19h, Cocamar – Campo Grande, MS.

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Caravana ILPF 2024: Desafios e oportunidades dos sistemas integrados de ILPF no Rio Grande do Sul – 15 a 19 de abril.

Novos projetos, novidades sobre ILPF, mais tecnologia e inovação.

Sobre a Caravana ILPF

A Caravana ILPF, projeto permanente da Rede ILPF em parceria com a Embrapa, tem como foco a disseminação dos sistemas de Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF), nas mais diversas regiões produtoras do Brasil, como alternativa sustentável e rentável para a agropecuária do país.

A equipe formada por profissionais das empresas Associadas da Rede ILPF, pesquisadores da Embrapa e entidades apoiadoras regionais, vai percorrer cinco cidades do Estado entre os dias 15 e 19 de abril, com atividades e temas relacionados as vantagens e desafios dos sistemas ILPF.

A viagem começa por Porto Alegre e segue por Bagé, Rosário do Sul, Ijuí e finaliza em Passo Fundo.

Neste trajeto haverá painéis de debates, dia de campo, visitas técnicas, além da apresentação do projeto da Rede ILPF com grande potencial o Estado: Integra ILPF| Atua na recuperação de pastagens degradadas.E a apresentação do aplicativo e portal ILPF digital, uma plataforma gratuita, desenvolvida em parceria com a Embrapa Solos, que vai compilar, analisar e monitorar dados de propriedades com ILPF no país.

ILPF

A ILPF é uma tecnologia de produção agropecuária com grande potencial de mitigação de emissões de gases de efeito estufa e sequestro de carbono pelo solo e biomassa, diversificação de cultura e aumento da produtividade. A implementação dos sistemas ILPF varia de acordo com as características de cada região.

Atualmente o Brasil possui 17,4 milhões de hectares com algum sistema de Integração.

ILPF No Rio Grande do Sul

No RS a grande segundo a Embrapa, a maioria da área, mais de 85% é sistema Integração Lavoura Pecuária (ILP), com cultivos de soja (6,6 milhões de hectares), milho grão (0,9 milhão de hectares), 0,3 a 0,4 milhão de hectares de milho silagem e 0,9 milhão de hectares de arroz (total quase 9,0 milhões de hectares). No inverno são cultivos apenas cerca de 20% desta área com culturas produtoras de grãos de inverno (trigo, aveia- branca, cevada, canola, triticale e centeio). Portanto, cerca de 80% da área fica em pouso (sem semeadura) ou culturas de cobertura (aveia-preta, azevém, nabo e ervilhaca). Aveia-preta e azevém são forrageiras por excelência e, usadas em pastejo para vacas leiteiras e engorda de novilhas.

Há sistemas outras modalidades (ILPF, IPF) onde o componente florestal predominante é o eucalipto, também com acácia-negra e raramente com pinus). Também há com erva-mate (IPF e ILF) e citrus.

Na metade sul (bioma pampa), há sistemas ILP (arroz e soja em sucessão com pastagens de inverno azevém solteiro ou consorciado com leguminosas).

Abaixo a programação completa Caravana ILPF – RS:

Clique e faça sua inscrição neste link

Etapas anteriores:

2023

A etapa São Paulo: 18 a 22 de setembro e percorreu Presidente Prudente, Campos Novos Paulista, Itirapina, São Carlos e Barretos.

Etapa Vale do Araguaia: No vale do Araguaia, região identificada como nova fronteira agrícola, a Caravana ILPF percorreu entre 29 de maio e 2 de junho: Montes Claros de Goiás-GO, Canarana-MT, Água Boa-MT, Cocalinho-MT, Nova Xavantina-MT, Barra do Garças-MT e Iporá-GO.

Etapa: MG | GO 20 a 24 de março – Uberlândia (MG), Uberaba (MG), Inaciolândia (GO), Morrinhos (GO), Ipameri (GO) Goiânia (GO).

2022

Etapa ES |BA A primeira etapa considerada piloto, aconteceu entre os dias 4 e 8 de abril e percorreu seis cidades: Linhares (ES), Pedro Canário (ES), Nova Venécia (ES), Teixeira de Freitas (BA), Itabela (BA) e Eunápolis (BA), entre o norte do Espírito Santo e Sul da Bahia.

Etapa PR | SP | MS Entre os dias 8 e 12 de agosto a Caravana ILPF passou pelas cidades de Maringá (PR), Jardim Olinda (PR); Presidente Prudente (SP), Santa Rita do Pardo (MS), Nova Andradina (MS); Dourados (MS) e Campo Grande (MS).

Etapa MA | PI A terceira edição da Caravana ILPF foi nos estados de Maranhão e Piauí, nas cidades de Santa Inês (MA), Itapecuru Mirim (MA), Chapadinha (MA), Anapurus (MA), Piracuruca (PI) e Teresina (PI), entre os dias 7 e 11 de novembro.

Metas

Segundo estimativas da Rede ILPF para a safra 2020/2021, a área ocupada com os sistemas ILPF no Brasil corresponde a 17,4 milhões de hectares.

A Rede ILPF tem o propósito de ampliar essa área para 35 milhões de hectares até 2030, além de diversificar os sistemas de produção e aumentar a representatividade do componente florestal nesses sistemas.

Dessa forma, a ILPF irá contribuir para o alcance das metas apresentadas pelo Brasil em sua Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) ao Acordo de Paris durante a COP21 e reforçadas pelo Programa ABC+ do MAPA e os compromissos assumidos na COP.

Sobre a Rede ILPF

A Associação Rede ILPF é uma parceria público privada formada e cofinanciada pelas empresas Bradesco, Cocamar, John Deere, Minerva Foods, Soesp, Syngenta, Suzano, Timac Agro e pela Embrapa e tem como propósito contribuir para o aumento da produtividade de forma sustentável na agropecuária.

A Rede ILPF atualmente apoia uma rede com 16 Unidades de Referência Tecnológica (URT) e 12 Unidades de Referência Tecnológica e de Pesquisa (URTP), distribuídas entre os biomas brasileiros e envolvendo a participação de 22 Unidades de Pesquisa da Embrapa.

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Agricultura com coragem e determinação: Conheça a trajetória de três trabalhadoras do campo que mudaram a vida por meio da agricultura.

Neste Dia Internacional da Mulher, apresentamos um breve perfil de três lideranças femininas à frente de propriedades rurais do programa SustentAgro.

Edna Alves vivia há 25 anos na cidade, quando decidiu retornar ao campo, há cinco, para cuidar de um dos lotes do sítio Três Irmãos, em Terra Nova do Norte (MT), herdado do pai. Lucimar Militão trabalha com agricultura familiar em um assentamento Carlos Mariguella em Itaberaí (GO) desde 2000, quando se casou, e alterna o trabalho com a terra com a função de liderança na associação local.  Com apenas 21 anos, Ana Giulia de Oliveira concilia a faculdade de agronomia com o dia a dia da propriedade familiar na Fazenda Santa Rosa, em Campo Grande (MS), arrendada pelo pai. Três trajetórias distintas, que se aproximam pela coragem e a disposição com que se dedicam à pesada rotina de aprendizado diário, cuidados com a terra e administração das propriedades rurais em uma das áreas de produção agrícola mais consolidada do país. Edna, Lucia e Ana Giulia participam do projeto SustentAgro, uma iniciativa da Associação Rede ILPF em parceria com o Land Innovation Fund que leva capacitação e transferência de tecnologia para o incremento do uso do sistema integrado lavoura-pecuária-floresta nos estados do centro-oeste brasileiro.  

As três lideranças escolhidas para representar o gênero neste Dia Internacional da Mulher estão dentre os 78% de participação feminina, como gestora principal ou cogestora, das propriedades rurais que integram o portfólio SustentAgro. “As mulheres que participam da nossa iniciativa são fortes, guerreiras, lutadoras e líderes. A representatividade delas vai muito além das porteiras: elas atuam em direção de associações e cooperativas, em projetos, em processos sucessórios, entre outros assuntos igualmente relevantes para a administração rural”, afirma Nilo L. Sander, Coordenador do projeto SustentAgro na Associação Rede ILPF. “Temos todo o respeito e carinho por estas e pelas outras mulheres do campo que se dedicam para além de proteger a família, produzir e promover a segurança alimentar de milhares de pessoas”, completa.

Lucimar Militão divide o tempo entre os cuidados com a terra e com a associação no assentamento Carlos Mariguella, em Itaberaí, Goiás. Incansável, ela alterna a rotina no campo com idas à cidade para participações em reuniões do conselho municipal, da prefeitura e do INCRA. “Eu gosto de estar presidente da associação, ser mulher, cuidar da casa, trabalhar no campo. Eu faço o que eu gosto. Gosto de limpar, capinar, de estar com o pessoal no mutirão”, afirma. O assentamento cultiva mandioca, hortaliças, frutas e arroz, que fornecem para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Com o SustentAgro, começam a praticar integração lavoura-pecuária, plantando mudas de árvores nativas do Cerrado na propriedade. “Com o SustentAgro, temos a esperança de entregar o arroz limpo para ser uma fonte de renda a mais em nosso dia a dia”, explica Lucimar. 

Edna Alves trocou 25 anos de vida na cidade pelo campo, e não pensa em voltar atrás. “A vinda para cá foi boa, não tenho do que reclamar não, minha família toda mora aqui, meus irmãos. E está difícil no campo e na cidade. Aqui a gente tem plantação e criações que ajudam na alimentação, a gente acaba não precisando comprar de tudo”, explica. Edna administra um lote de lavoura-pecuária com plantação de frutas e milho. Além de gado, cria porcos e galinhas com a ajuda do marido e de dois filhos. O mais velho escolheu ficar na cidade, em Sinop, onde moravam antes iniciar a vida no campo.  Para Edna, o campo é uma oportunidade de aprendizagem diária. “O SustentAgro nos ajuda a tomar melhores decisões, e a produzir mais e melhor”, explica. “Vimos como é bom recuperar a mata, não é preciso derrubá-la para ter terras boas para a plantação”, completa.

A mais nova do trio chegou ao campo há pouco mais de um ano: Ana Giulia de Oliveira pensou em cursar medicina antes de assumir um lote da fazenda da família. “Sempre morei em cidade. Antes não me identificava com fazenda. Entrei na faculdade de agronomia na dúvida, sem saber se ia gostar. Entrei e me apaixonei pela área. Não quero mais outra coisa”, conta. Giulia é responsável por uma área de 400 hectares, com 200 dedicados à pecuária. A meta é fazer integração com lavoura de soja, aproveitando os hectares mais férteis. Até agora, o maior desafio enfrentado pela jovem foi ser aceita pelos funcionários, principalmente os mais velhos. Ela precisou fazer ajustes na equipe, e prefere trabalhar com profissionais por temporada, contratado para cada empreitada. Mas não pensa em desistir: “a gente tem que encarar, levantar a cabeça e mostrar que a gente consegue sim”, afirma.

“As lideranças femininas são fundamentais para ampliar a diversidade de pontos de vista na agricultura. Esta é uma atividade que exige cuidado e dedicação, atributos muito valiosos para o universo feminino, e que dialogam diretamente com a realização de práticas agrícolas sustentáveis. Neste Dia Internacional da Mulher, e em todos os outros dias do ano, prestamos a nossa homenagem àquelas que nos ajudam a produzir alimentos, cuidando da terra e do meio ambiente”, afirma a diretora do Land Innovation Fund, Ashley Valle.

SUSTENTAGRO:

“O programa SustentAgro tem gerado uma grande revolução no ganho de renda e no aprimoramento das atividades agrícolas, principalmente entre os pequenos produtores e os de assentamentos rurais. Vemos a transformação on-farm, na vida das pessoas. Os produtores já entenderam que eles podem evoluir suas técnicas de produção, deixá-las cada vez mais sustentáveis, contribuindo diretamente para o controle das mudanças climáticas”, afirma Nilo Sander, gestor do programa.

Trabalhando em parceria e colaboração com seis instituições de pesquisa, o SustentAgro já selecionou dezoito Unidades de Disseminação de Tecnologia (UDT’s) que somam 21 propriedades rurais para disseminação de conhecimento, e oito Unidades de Referência Tecnológica (URT) –  sendo seis instituições de pesquisa e duas fazendas –  em um total de 23 propriedades rurais cobrindo mais de 23 mil hectares.

Ao final do projeto, será desenvolvida uma plataforma integrada com dados de monitoramento e verificação da cadeia produtiva da soja, capaz de unificar parâmetros e requisitos de sustentabilidade. E será ainda elaborado um protocolo de carbono que atenda às diretrizes estabelecidas por especialistas da Embrapa e de instituições do mercado voluntário, com validação do serviço por uma certificadora internacional.

“O projeto SustentAgro reforça e reafirma a importância do apoio técnico-financeiro à implementação de ações com foco na fazenda para disseminação de conhecimento e capacitação profissional em favor de uma agricultura sustentável e inteligente para o clima”, afirma Ashley Valle.

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“Sistemas ILPF: solução sustentável para a recuperação de áreas com baixa produtividade”. Participe do Prêmio Rede ILPF de Jornalismo.

A Associação Rede ILPF prorrogou até o dia 24 de março o prazo para inscrição de reportagens na quarta edição do Prêmio Rede ILPF de Jornalismo. A prorrogação ocorreu em função da definição sobre a entrega do prêmio aos vencedores, que será durante as comemorações do aniversário da Embrapa, no fim de abril.  

Neste ano o Prêmio tem como tema “Sistemas ILPF: solução sustentável para a recuperação de áreas com baixa produtividade”. Podem concorrer reportagens inéditas veiculadas na imprensa a partir de 2 de março de 2023.  São cinco categorias: Reportagem escrita; Reportagem em áudio; Reportagem em vídeo; Reportagem em veículo estrangeiro; e Reportagem de profissionais das instituições associadas à Rede ILPF.

As inscrições poderão ser feitas até o dia 24/03, no site https://redeilpf.org.br/editais/, onde também está disponível o edital com as informações completas do concurso. Cada autor pode inscrever até dois trabalhos por categoria.

O Prêmio Rede ILPF de Jornalismo é uma iniciativa das equipes de comunicação da Embrapa e da Rede ILPF e visa valorizar e reconhecer o trabalho dos profissionais de imprensa na divulgação dos sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF).

Rede ILPF

A Associação Rede ILPF é uma parceria público-privada que tem como objetivo acelerar uma ampla adoção das tecnologias de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) por produtores rurais como parte de um esforço visando a intensificação sustentável da agricultura brasileira. O grupo é formado pelas empresas Bradesco, Ceptis, Cocamar, John Deere, Minerva Foods, Soesp, Suzano, Syngenta, Timac Agro e pela Embrapa. 

Gabriel Faria (MTB 15.624 MG)
Embrapa Agrossilvipastoril

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Projeto SustentAgro promove eventos técnicos-científicos para fortalecer a adoção de ILPF na produção de soja em Iporá-GO

Iporá, Goiás – O Programa SustentAgro, em parceria com o IF Goiano Campus Iporá e o Sindicato Rural de Iporá, realizou nos dias 6 e 7 de fevereiro de 2024, eventos técnicos-científicos com o objetivo de fortalecer e incentivar a adoção de sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) na cadeia sustentável de produção da soja na região de Iporá-GO.

O evento contou com a participação de aproximadamente 130 pessoas, entre agricultores, acadêmicos e profissionais do setor, que tiveram a oportunidade de participar de palestras, diálogos produtivos e dia de campo, promovendo a troca de conhecimento e experiências sobre práticas sustentáveis na agricultura.

Durante o evento, foram abordados temas como a produção de forragens e grãos no sistema ILPF, a produção de carne sustentável, o CCN (Carne Carbono Neutro) e o sequestro de carbono no solo, destacando a importância da integração de diferentes sistemas de produção para aumentar a produtividade, sustentabilidade e rentabilidade na cadeia sustentável da soja.

Segundo Jaqueline Jesus, Supervisora de Articulação e Treinamento Projeto SustentAgro, estes eventos são fundamentais: “Os profissionais, quando saem da academia, saem capacitados em apenas uma das áreas. Quando estes profissionais começam a trabalhar com o sistema ILPF, eles precisam conhecer os três componentes: pecuária, agricultura e silvicultura. As ações de transferência de tecnologia vêm para isso, para que o profissional possa conhecer como trabalhar com diversos componentes na mesma área e assim poder auxiliar na implantação de ILPF nas propriedades.”

Já Nilo Sander, Coordenador do Projeto SustentAgro, enfatiza que a ampliação da adoção dos sistemas integrados depende muito destes eventos: “Só vamos conseguir aumentar a área de adoção de sistemas ILPF quando nós tivermos técnicos que saibam fazer a aplicação desde o planejamento à execução e monitoramento. Então eventos como este, áreas de referência de tecnologia, servem como escola em campo. Os alunos do IF Goiano e produtores podem conhecer e vivenciar na prática, como uma lavoura vai interagir com árvores e pecuária.”

O evento também contou com a participação de Paulo Henrique (PH), um produtor local, que compartilhou sua experiência com o Projeto SustentAgro e com os sistemas de integração na construção de um sonho: “O nosso sítio é a realização de um sonho, ver este sonho se tornando realidade, ver isto de maneira sólida é a realização de um sonho. E hoje, neste dia de campo, como nós não temos uma propriedade tão grande para produção agrícola, a gente vê uma oportunidade de incluir o componente arbóreo. Integrar a lavoura de capim para restaurar o solo degradado e no final do ano começar a integrar pecuária com floresta.”

O Programa SustentAgro é financiado pelo LIF – Land Innovation Fund e juntos estamos comprometidos em promover a adoção de práticas sustentáveis na agricultura, contribuindo para a produção de alimentos de forma mais eficiente e ambientalmente responsável. Através de eventos como esse, o Projeto SustentAgro continua inspirando e capacitando profissionais e produtores a implementarem sistemas inovadores e sustentáveis, garantindo assim um futuro mais próspero e equilibrado para a agricultura.

Para mais informações sobre o Projeto SustentAgro e a adoção de sistemas ILPF, acesse o site oficial do projeto em redeilpf.org.br.

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Brasil tem 28 milhões de hectares de pastagens degradadas com potencial para expansão agrícola

Processos de conversão devem ocorrer com técnicas e práticas que favorecem a sustentabilidade, como sistemas de integração lavoura pecuária-floresta – Foto: Gabriel Faria

Estudo realizado pela Embrapa, publicado neste mês na revista internacional Land, indica a existência de aproximadamente 28 milhões de hectares de pastagens plantadas no Brasil com níveis de manipulação intermediários e severos que apresentam potencial para a implantação de culturas agrícolas. De acordo com o artigo, se considerar apenas o cultivo de grãos, esse montante representaria um aumento de cerca de 35% da área total plantada em relação à safra 2022/2023.

A representa um esforço para integração de diferentes bases de dados públicos e pode contribuir, com análises planejadas e deficiências, para orientar a tomada de decisão de setores das cadeias produtivas agrícolas e a elaboração de políticas para desenvolvimento sustentável, como o Plano de Adaptação e Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (ABC+) e o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas, do Ministério da Agricultura e Pecuária.

De acordo com dados do Atlas das Pastagens, publicado pelo Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (LAPIG) da Universidade Federal de Goiás (UFG), uma das bases de dados utilizadas, as pastagens brasileiras cobrem aproximadamente 177 milhões de hectares, dos quais aproximadamente 40% apresentam médio vigor vegetativo e sinais de manipulação, enquanto 20% apresentam baixo vigor vegetativo, entendida como manipulação severa. São áreas que apresentam uma redução na capacidade de suporte à produção e na produtividade.

O trabalho conduzido pela Embrapa fez o cruzamento dessas informações a respeito da qualidade das pastagens com dados sobre a potencialidade agrícola natural das terras, produzida pelo IBGE. Foram considerados dois níveis de manipulação das pastagens, diversos e divertidos, e duas classes de potencialidade agrícola, boa e muito boa.

Como resultado, foram mapeados aproximadamente 10,5 milhões de hectares de pastagens com condição severa de manipulação e 17,5 milhões de hectares com condição dinâmica que apresentam potencial bom ou muito bom para a conversão para agricultura. Entre os estados que tiveram as maiores áreas, dentro destes parâmetros, estão o Mato Grosso (5,1 milhões de ha), Goiás (4,7 milhões de ha), Mato Grosso do Sul (4,3 milhões de ha), Minas Gerais (4,0 milhões de ha) e o Pará (2,1 milhões de ha).

Nesta análise do potencial de expansão agrícola foram restauradas áreas consideradas especiais, como terras indígenas, unidades de conservação, assentamentos rurais e comunidades quilombolas, e também aquelas áreas indicadas pelo Ministério do Meio Ambiente como de alta prioridade para conservação da biodiversidade. “Buscamos mapear as possibilidades de expansão agrícola a partir de análises geoespaciais relacionadas a áreas que minimizam a pressão sobre os recursos naturais e sejam implantadas sob bases sustentáveis”, explica um dos autores do artigo, o pesquisador da Embrapa Agricultura Digital Édson Bolfe . O trabalho também contemplou dados sobre o acesso à infraestrutura rural e sobre o clima, com informações do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) .

Os autores ressaltam que os processos de substituição da pastagem degradada por culturas agrícolas devem ocorrer em consonância com a legislação ambiental e a partir da aplicação de técnicas e práticas que favorecem a produtividade e a sustentabilidade, como por exemplo o plantio direto, sistemas de integração laboral-pecuária- floresta e agroflorestas. “A metodologia e as bases de informações geradas também podem orientar projetos para a própria recuperação e melhoria do vigor das pastagens já utilizadas para a pecuária”, destaca Edson Sano , pesquisador da Embrapa Cerrados que também assina o artigo.

O estudo “Potencial de expansão agrícola em pastagens degradadas no Brasil com base em bancos de dados geoespaciais” foi realizado por equipe multidisciplinar das Unidades Embrapa Agricultura Digital , Embrapa Cerrados e Embrapa Meio Ambiente , e recebeu o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal. Os resultados disponíveis no Redape – Repositório de Dados de Pesquisa da Embrapa e podem ser utilizados em análises para estados e municípios. Assinam o artigo Édson Bolfe , Daniel Victoria , Edson Sano , Gustavo Bayma , Silvia Massruhá e Aryeverton de Oliveira .

Infraestrutura e risco climático

Além de identificar e quantificar o potencial de conversão das pastagens para a agricultura, o estudo integra dados da infraestrutura rural já existente, como a presença de armazéns e o acesso a rodovias estaduais e federais num raio de 20 a 100 km. As análises mostram, por exemplo, que cerca de 54% das áreas de pastagem encontram-se a uma distância de até 20 km de armazéns e 89% delas de até 20 km de rodovias. “São informações adicionais que indicam as condições de infraestrutura fáceis para dar suporte à possível expansão agrícola e podem ajudar, por exemplo, priorizar ações e direcionar investimentos por parte de agentes públicos e privados”, avalia Édson Bolfe.

O estudo da Embrapa também recentemente as informações do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) , que tem escala municipal e utiliza parâmetros de clima, solo e ciclos de cultivares para indicar qual cultura plantar, onde e quando. Adotado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária para orientar as políticas de crédito e segurança rural, o Zarc permite identificar as janelas de plantio em que há menor chance de frustração de safra devido a eventos climáticos adversos, cobrindo mais de 40 culturas agrícolas.

O artigo selecionou como exemplo três municípios: Guia Lopes da Laguna (MS), São Miguel Arcanjo (SP) e Ingaí (MG). Neles, o Zarc possibilitou identificar possibilidades de substituição da pastagem degradada por culturas anuais como feijão, arroz, sorgo, girassol, algodão, milho, soja, aveia, trigo, sistema integrado com milho e pasto, além de algumas culturas perenes. Os três municípios fazem parte do projeto Semear Digital, financiado pela Fapesp, que visa o desenvolvimento de ações para promover a agricultura digital entre pequenos e médios produtores rurais.

Segundo Bolfe, há espaço para evoluir na análise do potencial de expansão agrícola a partir das bases já organizadas, integrando bancos de dados regionais, validações de campo e informações sociais e de previsões econômicas e financeiras. “Em termos metodológicos, também é possível seguir aprimorando o mapeamento da qualidade das pastagens, integrando imagens de diferentes satélites e considerando as características das pastagens e sua capacidade de suporte, que varia em cada região do País”.

***Redação Portal Sou Agro

(Com Graziella Galinari (MTb 3863/PR)
Embrapa Agricultura Digital Embrapa)

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SustentAgro promove eventos técnico-científicos para incentivar a sustentabilidade na cadeia da soja, em Goiás.

O Programa SustentAgro, em parceria com o IF Goiano Campus Iporá e o Sindicato Rural de Iporá, anunciam:


EVENTOS TÉCNICOS-CIENTÍFICOS PARA O FORTALECIMENTO E INCENTIVO DA ADOÇÃO DE SISTEMAS DE ILPF NA CADEIA SUSTENTÁVEL DA SOJA EM IPORÁ-GO E REGIÃO.


A Rede ILPF, com o apoio do Land Innovation Fund, promove o programa SustentAgro, um programa de inovação e incentivo à adoção de sistemas de Integração Lavoura-PecuáriaFloresta (ILPF) na cadeia sustentável de produção da soja.

O objetivo é fomentar a ILPF como estratégia de sustentabilidade rural, integrando diversos sistemas de produção na mesma área para aumento da produtividade, sustentabilidade e rentabilidade na cadeia sustentável da soja.


Este programa oferece incentivos técnicos e financeiros, acompanhados de capacitação especializada para seus diferentes públicos e convida todos os interessados para participação deste evento técnico-científico, visando o fortalecimento e incentivo na adoção do sistema ILPF na cadeia sustentável da soja.


O evento acontecerá na URT (Unidade de Referência Tecnológica) do Campus do Instituto Federal Goiano, Campus Iporá. E contará com a participação de professores do próprio Instituto Federal Goiano, assim como profissionais da Embrapa.


Dentre os temas relacionados a produção de forragens e grãos no sistema ILPF, serão abordados outros temas também muito importantes como a produção de carne sustentável, CCN (Carne Carbono Neutro) e sequestro de carbono no solo.


A Fazenda Escola do Instituto Federal Goiano – Campus Iporá, desempenha um papel central como um hub de ensino, pesquisa e extensão, onde são conduzidas diversas pesquisas, dentre elas a pesquisa voltada para integração de sistemas de produção agropecuária.


No sistema ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta) do Campus de Iporá são realizadas pesquisas onde optou-se pela introdução de quatro componentes florestais: duas espécies nativas (Angico e Baru) e duas exóticas (Eucaliptos). Neste projeto, o espaçamento entre renques simples é de 10 metros.


Nos primeiros quatro anos do projeto de ILPF do Campus Iporá, esses componentes florestais foram estrategicamente distribuídos em dois sistemas de cultivo distintos. Um adotou o consórcio de milho com capim para a produção de silagem e pastejo na entressafra, enquanto o outro optou pela soja sobressemeada com capim para pastejo na entressafra.


Essa abordagem incorporou duas culturas, uma gramínea (milho) e uma leguminosa (soja).
Enquanto o capim foi plantado durante a safra juntamente com o milho em um sistema no outro foi semeado somente após a colheita da soja. Essa variação estratégica possibilitou a produção de biomassas distintas, refletindo em resultados diversos devido às condições agrícolas e outros fatores.


Para os anos cinco e seis de cultivo, a escolha foi pelo girassol, consorciado com pasto desde o início da safra para a produção de silagem e pastejo durante a entressafra. Já no sétimo ano, está planejado o cultivo de feijão na safra e cucurbitáceas na entressafra (safrinha).


Conhecida como UEPE do Campus de Iporá, esta unidade é parte integrante do macroprojeto do IF Goiano e do projeto institucional de ILPF. A UEPE não se restringe ao campus, estendendose por uma rede de unidades nos campi do IF Goiano em todo o estado de Goiás, incluindo


Morrinhos, Rio Verde, Hidrolândia e Iporá, além de unidades externas localizadas em propriedades privadas. O IF Goiano colabora ativamente nessas instalações, conduzindo pesquisas, orientando estágios de cursos técnicos e de graduação, projetos de iniciação científica, mestrados e teses de doutorado. A instituição também oferece especializações na área de produção integrada, como a Pós-Graduação em Sistemas Integrados de Produção Agropecuária.


Confira abaixo a programação detalhada dos eventos:


Diálogo Produtivo – 06/02/2024
Dia de Campo – 07/02/2024


Eventos Gratuitos – Vagas Limitadas!
Os interessados em participar destes eventos podem se inscrever por este link:

Para obter mais informações sobre o Projeto SustentAgro e a Rede ILPF, acesse o site oficial do projeto em https://redeilpf.org.br/land-innovation-fund/


Estes eventos são uma oportunidade única para agricultores, acadêmicos e profissionais do setor se atualizarem sobre agropecuária sustentável, iniciando ou aperfeiçoando seus conhecimentos sobre os temas.


Venha descobrir as inovações que estão moldando o futuro da produção de alimentos em Goiás. Contamos com a sua participação!

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